segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Dúvidas

É realmente impossível dizer todas as coisas que farei amanhã, após acordar. É certo que tenho algumas metas a cumprir, mas tudo pode acontecer, do jeito que as coisas acontecem. É estranho estar falando sobre isso, mas é bem provável que eu conheça alguém que ainda não conheci, ou faça algo que não fiz ainda. Tudo é possível.

"Relaxa", diz numa canção, "que todos os teus problemas serão resolvidos de uma forma ou de outra", mas quais são eles para eu resolvê-lo e será que devo resolvê-los ou deixá-los que se resolvam? Não falo de problemas simples, que com a lógica dissolvo, mas problemas mais complexos.

Vivemos num mundo doente, e crescer é confuso. Amadurecer, buscar quem somos de verdade no fundo, no íntimo, é tão difícil, quanto escolher uma profissão. Não sei. Precisava dizer isso, porque alguns se buscam em viagens, buscam resolver suas agonias, fugindo de um mundo natural deles, indo para uma india, china, américa desconhecidas.

Outros nas religiões buscam conclusões para as suas perguntas mais profundas. E eu falo burrices e indigações sobre quem sou no meio de tantas perguntas que todos fazem. O que é isso?

Tento dizer sim, tento dizer não. Não sei o que dizer. Parece que cada um pensa do seu jeito, para um lado seu, privativo, inclusive eu, no meio de tantas portas, janelas. E eu queria transcender, apenas resmungo, como um carro sem gasolina, sem fôlego para continuar, mas com esforço para tentar.

Sei que não tenho conclusões ainda, que as perguntas continuarão sem as respostas, porque não quero respostas absolutas agora, quero apenas que a canção seja cantada, que ela ocoe durante a meia noite, e que pelo menos alguém a escute ser ecoada. Será o bastante uma pessoa escutar esse eco.