quinta-feira, 25 de dezembro de 2014
as vezes
Dificil entender
as flechas que cortam
meu peito
estás longe demais
de mim
silêncios
que dizem tanto muito
onde foi parar
o acorde
e o teu sorriso
?
domingo, 6 de janeiro de 2013
Tropicalia revisitada
Brasil, Tropicalia, Caetano, Salvador, Arte contemporanea, novas imagens, novas viagens, esta tudo em fluxo, em rumo:
sábado, 5 de maio de 2012
Nietzsche - Direito à Estupidez
O Direito à Estupidez. - O trabalhador extenuado que respira lentamente, olha benevolamente e
deixa as coisas passarem como elas passam: esta figura típica que se encontra agora, na era do trabalho
(e do "império"! -), em todas as classes sociais, requisita hoje para si justamente a arte, inclusive o livro,
antes de tudo o jornal - e em muito mais a bela natureza, Itália... O homem da noite, com seus "impulsos
selvagens adormecidos", das quais nos fala Fausto, carece do frescor veranil, do banho de mar, das
geleiras, de Bayreuth... A arte tem em tais tempos é um direito à pura tolice - como uma espécie de
férias para o espírito, o engenho e o ânimo. Wagner compreendeu isto. A pura tolice produz
novamente.
Nietzsche (Crepusculo dos Idolos)
quarta-feira, 25 de abril de 2012
QUEM FAZ A HISTÓRIA
Quem construiu a Tebas das sete portas?
Nos livros constam os nomes dos reis.
Os reis arrastaram os blocos de pedra?
E a Babilônia tantas vezes destruída
Quem ergueu outras tantas?
Em que casas da Lima radiante de ouro
Moravam os construtores?
Para onde foram os pedreiros
Na noite em que ficou pronta a Muralha da China?
A grande Roma está cheia de arcos do triunfo.
Quem os levantou?
Sobre quem triunfaram os Césares?
A decantada Bizâncio só tinha palácios
Para seus habitantes?
Mesmo na legendária Atlântida,
Na noite em que o mar a engoliu,
Os que se afogavam gritaram por seus escravos.
O jovem Alexandre consquistou a Índia.
Ele sozinho?
César bateu os gauleses,
Não tinha pelo menos um cozinheiro consigo?
Felipe de Espanha chorou quando sua armada naufragou.
Ninguém mais chorou?
Fredrico II venceu a Guerra dos Sete Anos.
Quem venceu além dele?
Uma vitória a cada página.
Quem cozinhava os banquetes da vitória?
Um grande homem a cada dez anos.
Quem pagava as despesas?
Tantos relatos.
Tantas perguntas.
Bertolt Brecht
(1898-1956)
sexta-feira, 20 de abril de 2012
sexta-feira, 23 de março de 2012
quinta-feira, 22 de março de 2012
Cruz e Souza - Torre de ouro
Torre de ouro
Desta torre desfraldam-se altaneiras,
Por sóis de céus imensos broqueladas,
Bandeiras reais, do azul das madrugadas
E do íris flamejante das poncheiras.
As torres de outras regiões primeiras
No Amor, nas Glórias vãs arrebatadas
Não elevam mais alto, desfraldadas,
Bravas, triunfantes, imortais bandeiras.
São pavilhões das hostes fugitivas,
Das guerras acres, sanguinárias, vivas,
Da luta que os Espíritos ufana.
Estandartes heróicos, palpitantes,
Vendo em marcha passe aniquilantes
As torvas catapultas do Nirvana!
Cruz e Souza
Desta torre desfraldam-se altaneiras,
Por sóis de céus imensos broqueladas,
Bandeiras reais, do azul das madrugadas
E do íris flamejante das poncheiras.
As torres de outras regiões primeiras
No Amor, nas Glórias vãs arrebatadas
Não elevam mais alto, desfraldadas,
Bravas, triunfantes, imortais bandeiras.
São pavilhões das hostes fugitivas,
Das guerras acres, sanguinárias, vivas,
Da luta que os Espíritos ufana.
Estandartes heróicos, palpitantes,
Vendo em marcha passe aniquilantes
As torvas catapultas do Nirvana!
Cruz e Souza
quarta-feira, 21 de março de 2012
Marina Abramović - How we in the Balkans kill rats
Oh estações, oh castelos!
Que alma é sem defeitos?
Eu estudei a alta magia
Do Amor, que nunca sacia.
Saúdo-te toda vez
Que canta o galo gaulês.
Ah! Não terei mais desejos:
Perdi a vida em gracejos.
Tomou-me corpo e alento,
E dispersou meus pensamentos.
Ó estações, ó castelos!
Quando tu partires, enfim
Nada restará de mim.
Ó estações, ó castelos!
Rimbaud
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